terça-feira, 20 de setembro de 2011

Os bicos dos musícos antes da fama


Num mundo de Mallus e Justin Biebers, é fácil se enganar, pensando que para virar celebridade na música basta talento. Instantâneo, assim. De uns anos para cá, o YouTube e as redes sociais vem facilitando a vida dos artistas mirins, catapultando esses jovens talentos das webcams direto para os palcos, grandes ou pequenos. Mas nem sempre foi fácil assim: houve uma época em que a estrada era mais longa e para chegar lá levava tempo.

Como tempo é dinheiro, muitos artistas não podiam se dar o luxo de ficar parados esperando o sucesso (e o dinheiro, claro) bater à porta: para sustentar a vida de artista recorriam aos famosos “bicos” para descolar uma grana. A baiana Pitty é a prova viva dessa tese: trabalhou como garçonete e vendedora por um bom tempo, antes de ficar famosa.

E nem pensava em formar uma banda, quanto menos em se tornar uma rockstar, quando conseguiu o seu primeiro emprego, bem novinha, aos 12 anos.  Era uma espécie de “office-girl” de um escritório onde a tia trabalhava, rodando Salvador de bicicleta, entregando documentos. Naquela época, música para ela, só nas rodinhas de violão. Mas não demorou para a baiana tomar gosto pela coisa e começar a tocar e cantar, enquanto tirava uma grana como vendedora.

“A gente era treinado pra fazer o cliente comprar de qualquer jeito”, lembra. “E eu não conseguia empurrar mercadorias ou dizer que uma roupa estava linda na pessoa, se o caimento estava horrível e ela parecia a Vovó Mafalda.  Eu falava a verdade, e às vezes nego ficava puto”, conta Pitty, que apesar da sinceridade era uma das melhores vendedoras da loja. Mas quando a pergunta é se voltaria a ter um emprego “normal”, não tem meias palavras.

“Deus me livre”, diz. “Primeiro que eu sei que não levo jeito pra muita coisa. Segundo que detesto disciplina, regras de vestuário, horários a cumprir. Espero dar meu último suspiro no meio de um show, tipo aqueles velhos tarados que morrem trepando”.


Pitty, claro, não é a única que precisou dar um jeito para conseguir dinheiro enquanto o sucesso não vinha. De zelador a mascote de parque de diversões, reunimos a seguir os ex-empregos mais bizarros das estrelas da música!

Kurt Cobain
Se você acha as músicas do grunge dos anos 90 uma sujeira, espere até descobrir como o frontman da principal banda da época ganhava a vida antes de ficar famoso. Entre um ensaio e outro, Kurt Cobain trabalhava como zelador, limpando banheiros públicos. Anos mais tarde, já perturbado pela fama, o líder do Nirvana disse numa entrevista que “sentia saudade do tempo que limpava merda de banheiro”.

Madonna
A rainha do pop é expert em se reinventar, e não só quando o assunto é música: para ganhar o pão de cada dia também. Antes de virar cantora, Madonna se dividia entre os ensaios de dança e umas dezenas de empregos diferentes. E não durava muito em nenhum deles. Como atendente do Dunkin’ Donuts, na Times Square, durou somente um dia: foi demitida por esguichar geléia nos clientes.

Marcelo D2
O rapper carioca consertou muito telhado antes da fama. Antes de conseguir se sustentar como músico, trabalhou também como porteiro, vendedor e camelô, vendendo camisa de bandas de rock. Resumindo, tudo que dava dinheiro, Marcelo D2 estava dentro.

Eddie Vedder
Antes do grunge estourar nos anos 90, ser músico em Seattle não era a profissão mais rentável do mundo. A solução para o então garoto Eddie Vedder foi arranjar alguns bicos para financiar a vida boêmia. Poucos antes de formar a banda, o frontman do Pearl Jam trabalhou como segurança no hotel La Valencia, em Seattle. Mas não durou muito no emprego: foi demitido por faltar o trabalho várias vezes para tocar guitarra com amigos.

Johnny Cash
Ele talvez seja o único rockstar a ter um ex-emprego quase tão “cool” quanto... bem... ser Johnny Cash. Quando servia na Força Aérea Americana, foi escalado para ir à Alemanha como quebra-códigos, interceptando transmissões em Código Morse (!) da Rússia. Tá bom ou quer mais?

Chuck Berry
O inventor do rock n’ roll teve o emprego mais, digamos, “transgressor” da lista: era ladrão. Isso mesmo, ladrão. Quando tinha apenas 17 anos, Chuck Berry assaltou uma padaria, uma barbearia e uma loja de roupas em Kansas City, pouco antes de ser capturado pela polícia e condenado a 10 anos na prisão. Três anos depois, o pequeno Chuck foi liberado do reformatório por bom comportamento e arrumou um emprego de operário numa fábrica da cidade.

Matéria Original: TopTVZ

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